ADMIRÁVEL
SINAL
Resumo da Carta
Apostólica do Santo Padre Francisco sobre o significado e o valor do
Presépio
Quero apoiar a tradição bonita das nossas
famílias de prepararem o Presépio, nos dias que antecedem o Natal, e também o costume de o
armarem nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos estabelecimentos
prisionais, nas praças... Almejo que esta prática nunca desapareça; mais,
espero que a mesma, onde porventura tenha caído em desuso, se possa redescobrir
e revitalizar.
Por que
motivo suscita o Presépio tanto enlevo e nos comove? Antes de mais nada, porque
manifesta a ternura de Deus. Ele, o Criador do
universo, abaixa-Se até à nossa pequenez.
Desde a sua
origem franciscana, o Presépio é um convite a “sentir”, a “tocar” a pobreza que
escolheu, para Si mesmo, o Filho de Deus na sua encarnação, tornando-se assim,
implicitamente, um apelo para O seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento, que parte da manjedoura de Belém e leva até à Cruz, e um
apelo ainda a encontrá-Lo e servi-Lo, com misericórdia, nos irmãos e irmãs mais
necessitados.
No
Presépio, os pobres e os simples lembram-nos que Deus Se faz homem para aqueles
que mais sentem a necessidade do seu amor e pedem a sua proximidade. Do
Presépio, com meiga força, Jesus proclama o apelo à partilha com “os últimos”
como estrada para um mundo mais humano e fraterno, onde ninguém seja excluído e marginalizado.
Armar o
Presépio em nossas casas ajuda-nos a reviver a história sucedida em Belém. Nesse
sentido, dentre as figuras que o formam, destacamos as três principais:
MARIA - N’Ela,
vemos a Mãe de Deus que não guarda o seu Filho só para Si mesma, mas pede a
todos que obedeçam à palavra d’Ele e a ponham em prática (cf. Jo 2, 5);
SÃO JOSÉ - desempenha
um papel muito importante na vida de Jesus e Maria. É o guardião que nunca se
cansa de proteger a sua família;
MENINO JESUS - em Jesus, Deus foi criança e, nesta condição, quis revelar a
grandeza do seu amor, que se manifesta num sorriso e nas suas mãos estendidas
para quem quer que seja.
Que
surpresa ver Deus adotar os nossos próprios comportamentos: dorme, mama ao
peito da mãe, chora e brinca, como todas as crianças. Como sempre, Deus gera
perplexidade, é imprevisível, aparece continuamente fora dos nossos esquemas.
A presença
dos Reis Magos também chama a atenção: à vista do Menino Rei, invade-os uma
grande alegria. Não se deixam escandalizar pela pobreza do ambiente; não
hesitam em pôr-se de joelhos e adorá-Lo. Diante d’Ele compreendem que Deus, tal
como regula com soberana sabedoria o curso dos astros, assim também guia o
curso da história, derrubando os poderosos e exaltando os humildes.
Trazem-lhe
presentes: o ouro, que honra
a realeza de Jesus; o incenso, que demonstra
a sua divindade; e a mirra, que
representa a sua humanidade sagrada que experimentará a morte e a sepultura.
Finalizando,
o Presépio faz parte do suave e exigente processo de transmissão da fé. A partir da
infância e, depois, em cada idade da vida, educa-nos para contemplar Jesus,
sentir o amor de Deus por nós, sentir e acreditar que Deus está conosco e nós
estamos com Ele, todos filhos e irmãos graças àquele Menino Filho de Deus e da
Virgem Maria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Queremos saber sua opinião...