Alguém já deve ter se perguntado: por que
nossa paróquia recebeu o título e apadrinhamento de tão poderosa santa?
Como já contado aqui neste blog antes (https://paroquiasantacatarinadealexandria.blogspot.com/2019/07/aniversario-da-cidade.html), nossa cidade recebeu o nome de “Arraial do Ribeirão de Santa Catarina da Pedra Branca”, quando
foi descoberta entre 1741 e 1743. O nome se deu pelo fato de a família de Manuel Lopes Viana “querer perpetuar a
saudade da terra distante” e que o lugar lhes pudesse lembrar de
Viana e Valença de Minho (Portugal).
A primeira referência a uma capela
dedicada à Santa Catarina data de 1749, mas a Paróquia de Santa Catarina de
Alexandria apenas foi criada em 11 de Julho de 1822. Em 26 de Maio de 1932, foi
benta a pedra fundamental para ereção das torres da Matriz.
Pois bem, quanto à festa em louvor à padroeira, não se sabe ao certo se, desde o
princípio, ela acontecia, mas, segundo relatos do Sr.
João Guilherme dos Santos, conhecido como “Misquilipe” e nascido no ano de
1925, desde a passagem do Pe. Francisco Fortes Bustamante (Pe. Chiquinho) a
festa era realizada. Seu Misquilipe, que fez parte da Banda São Benedito, conta
que sua banda e a Lira Catarinense faziam a alvorada na madrugada do dia 25 de
novembro, por toda a cidade, e isso acontece até hoje!
Os moradores da zona rural vinham para a
cidade de carro de boi e cargueiros, trazendo alimentos suficientes para todos
os dias da festa. Ficavam em suas próprias casas ou nas casas de parentes e,
por falta de opção, outros ficavam em casas alugadas.
A missa e a novena eram rezadas em latim e apenas os
coroinhas respondiam às orações; o povo permanecia o tempo todo rezando o
rosário.
As procissões eram organizadas em filas e saíam da Matriz, descendo pela rua do Hospital Municipal (onde hoje há um escadão), e depois subia pela rua Governador Valadares (atual Rua Prefeito José Nacácio), entrando na Matriz novamente. A imagem de Santa Catarina acompanhava a procissão, abençoando o povo.
As procissões eram organizadas em filas e saíam da Matriz, descendo pela rua do Hospital Municipal (onde hoje há um escadão), e depois subia pela rua Governador Valadares (atual Rua Prefeito José Nacácio), entrando na Matriz novamente. A imagem de Santa Catarina acompanhava a procissão, abençoando o povo.
Todos os dias da festa, no pátio da
Matriz, aconteciam leilões de prendas, não havia bingo naquela época; o
leiloeiro era o Sr. Artur Barbedo (pai da Edi). Havia também os leilões de gado, que
aconteciam na chácara do Chico Mariano (atual Rua Cristiano Caetano) ou no lote
do José Alves (atual Rua Coronel Paiva). O gado era trazido no laço pelos fazendeiros (!).
A tradição dos assados e cartuchos
permanece até hoje e da mesma forma, porém, anos atrás, eram feitos na casa dos
festeiros. Era apenas um casal de festeiros e, para fazer a arrecadação das
prendas, frangos e leitoas na zona rural, era nomeado um “bandeireiro”, segundo
ainda o Sr. Misquilipe.
Anos depois, mais precisamente na administração do Pe. Salvador Pedro Ferreira, conforme conta a Sra. Maria Stela Boreli, passou-se a realizar o bingo na praça central, sob barracas e com compridos balcões de madeira, de um lado e de outro, onde o povo podia marcar suas cartelas.
Lembra ela que, por ocasião da festa, havia muitas visitas de padres e do bispo diocesano, que ficavam na casa paroquial.
Enfim, são muitos anos de festa, de alegria
e de louvores à nossa querida padroeira, que vêm se perpetuando e construindo
esta abençoada história do Povo de Deus da Paróquia Santa Catarina de
Alexandria.
Que assim seja por muitos e muitos outros
anos!
PASTORAL DA
COMUNICAÇÃO
Texto publicado no Informativo Paroquial, Edição n.º 35, de Nov/2016
Texto publicado no Informativo Paroquial, Edição n.º 35, de Nov/2016
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