SÍNODO DA
JUVENTUDE
O documento final do Sínodo dos Bispos,
também nomeado como Sínodo da Juventude, foi entregue ao Papa e aprovado no dia
27 de outubro de 2018. O documento conta com 60 páginas, redigidas pelos bispos
sob a luz do Evangelho de São Lucas, que retrata o episódio dos discípulos de
Emaús. O sínodo teve como tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.
Em primeiro plano, vemos um olhar
carinhoso, ao modo pelo qual os jovens vivem, seus desafios e forças. Assim,
após uma escuta empática e livre de preconceitos, percebeu-se que os jovens
podem e querem ser ouvidos e poder ajudar, como uma verdadeira força social e
eclesial. Mesmo diante de fenômenos como a globalização e a secularização, os
jovens movem-se em direção a uma redescoberta de Deus e da espiritualidade e
isso será um estímulo para a Igreja, para recuperar a importância do dinamismo
da fé.
O texto também nos mostra uma profunda
preocupação da Igreja para com o jovem,
considerando seu “habitat natural” como espaço de evangelização e reconhecendo,
porém, as dificuldades de se ligar a contemporaneidade com a vivência da fé,
passando, assim, a reconhecer os desafios da catequese e da comunidade paroquial
enquanto formadores de cristãos maduros e, ainda assim, de universitários
ligados às ciências, por exemplo.
Num dado momento, o documento sinodal se
concentra no tema dos migrantes, “paradigma do nosso tempo”, uma vez que,
muitos desses migrantes, são jovens ou menores desacompanhados, que perdem sua
família e sua pátria para a guerra e a violência. Esses jovens devem ser
prioridade, uma vez que os verbos de ordem do sínodo são: “acolher, proteger,
promover, integrar”. Além de dar dignidade para os que são obrigados a fugir de
seu país, o Papa e os bispos nos pedem que, àqueles que desejam ficar, sejam
dadas condições para isso.
- O firme compromisso contra todo tipo de abuso, que passa por uma ampla reflexão sobre seus vários tipos: econômico, de poder, entre outros;
- A Família, “Igreja Doméstica”, uma vez que é a primeira a iniciar os jovens na fé e na caridade e que também é o seu ponto de apoio;
- A Família, “Igreja Doméstica”, uma vez que é a primeira a iniciar os jovens na fé e na caridade e que também é o seu ponto de apoio;
- Promoção
da justiça contra a “cultura do desperdício”, uma vez que, no mundo moderno,
tudo se torna substituível. Essa cultura leva muitos jovens à miséria, tirando
seus empregos e seus sonhos, promovendo, assim, a exclusão social;
- Arte,
música e esporte, como “recursos pastorais”.
Por fim, podemos concluir que o documento
do sínodo é extremamente completo no que diz respeito à juventude e às suas
diversas facetas, mostrando que a fé, a vocação e o discernimento vocacional,
bem como a imensidão de significados e significantes do que é ser jovem, foi
refletida e celebrada nessa reunião episcopal. Assim como nos diz o Papa
Francisco, formaremos uma Igreja cada vez mais jovem, preparada para levar os
“santos de calça jeans” para a missão.
Em suma, o Sínodo nos leva a refletir a
importância dos jovens para a Igreja, como esperança de futuro e nos pede um
olhar mais carinhoso e atencioso para eles. Que protegendo, acolhendo e
integrando os jovens, eles se tornem o rosto de Cristo nas paróquias afora,
despertando ainda mais em outros jovens a alegria do Evangelho e a vocação à
santidade!
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