VOCAÇÕES
RELIGIOSAS
No terceiro domingo do mês de agosto, celebramos as
vocações religiosas. Portanto, nada melhor do que conhecermos a história do Chamado
Divino feito aos vocacionados que saíram de (estão em) nossa comunidade
paroquial:
ELISON HENRIQUE DOS REIS
Membro da Comunidade
Católica Palavra Viva
Nasci na cidade de São José dos Campos-SP, no
ano de 1998. Tive uma infância feliz, junto da família e dos amigos. Aos 10
anos, me mudei para Natércia-MG, onde morei por 7 anos. Nesta cidade, vivenciei
muitas coisas em minha vida; coisas boas e ruins. Experimentei coisas que o
mundo oferece como: bebidas, festas, sexualidade desregrada. Eu pensava que era
feliz e que seria saciado pelo resto de minha vida.
Porém, sempre tinha um vazio dentro de mim, um
sentimento de fracasso, não conseguia me saciar, algo faltava em minha vida e
não sabia como preencher esse vazio. Buscava nas coisas mundanas.
Certa vez, por volta dos 15/16 anos, tive uma
experiência profunda com o amor de Deus em um encontro da Renovação Carismática
Católica, dentro da Diocese da Campanha. Lá fiz um propósito de mudar de vida,
de ser uma pessoa melhor. Mas, infelizmente, não durou por muito tempo:
tive problemas em minha família e voltei a buscar prazer no mundo novamente
para compensar meus sofrimentos. E cada vez mais, o vazio, o sentimento de
fracasso, apareciam em mim, como Jesus pregou na parábola do semeador: “Se a semente não cai em terra boa, não
produz frutos e o demônio vem e nos tira dele” (Mt 13,3-9).
Após algum tempo, tive outra experiência com
Deus: me senti amado por Ele como nunca antes, como nenhuma pessoa tinha me
amado e Deus foi me revelando que o vazio dentro de mim era a falta Dele em
minha vida. Comecei a sentir um chamado missionário e meu coração ardia em
querer anunciá-lo para que outras pessoas também O experimentassem.
Mesmo assim, ainda não me sentia capacitado para
isso, até que conheci a Comunidade Católica Palavra Viva, que possui uma Escola
de Evangelização, cujo objetivo é formar jovens como Lideranças Cristãs Maduras.
Dentro de um ano, fiz uma experiência missionária pelo Brasil. Me apaixonei
pela Comunidade e pela Escola.
Comecei o processo seletivo para entrar, mas
também comecei a namorar e isso me fez refletir muito em ter que ficar longe de
minha família ou de abandonar meus projetos, de estudar para ser reconhecido. Até
que resolvi firmemente em ir para a Escola; meu namoro terminou, deixei minha
família, minhas vontades, meus bens, meus amigos, cumprindo o Evangelho, em que
Deus chama seus apóstolos (Mt 10,1-10).
Na Escola, tive um processo de autoconhecimento,
amadurecimento e conversão profunda e, cada vez mais, aumentava minha experiência
com Deus. Comecei a ir à missa todos os dias, a rezar o rosário, a adorar Jesus
Sacramentado e a buscar a reconciliação com Deus nas confissões. Isso tudo me
cura até hoje. Portanto, tomei a decisão de doar minha vida inteira a Cristo; ao
entrar para a Comunidade, comecei a descobrir a minha verdadeira felicidade,
levando Cristo aos homens.
Hoje faço discernimento para o sacerdócio, que
é a representação mais perfeita de Cristo na Terra, após a Eucaristia. O sacerdote
é quem traz Cristo aos homens, consagrando o pão e vinho em Seu Corpo e Seu Sangue.
Não faço mais nada por mim mesmo, oferto minha vida
a Deus, à Igreja e aos Homens. Como disse, deixei tudo para trás, não tenho
mais nada, somente o Tudo, que é Deus. Vivo a Pobreza (não ganho nada, somente
a providência divina, manifestada pelas doações de pessoas), a Castidade (somente
eu e Deus) e a Obediência à Comunidade Palavra Viva e ao Papa.
Agora, moro na Europa, fui enviado a uma missão
na Espanha para estudar Filosofia, Teologia e evangelizar. Meu futuro só a Deus
pertence e só quero que Ele cumpra sua vontade em mim, como cumpriu na vida da
Virgem Maria.
THAMIRES AGUIAR
Membro do Instituto das
Irmãs Franciscanas Missionárias do Coração Imaculado de Maria
Meu nome é Thamires, sou vocacionada à vida
religiosa e, há cinco anos, faço discernimento vocacional.
Iniciei essa caminhada com as Irmãs Dominicanas.
Há três anos estou nessa congregação, com a qual me identifiquei melhor no
carisma.
Busco, através do acompanhamento, discernir a voz Daquele que faz ecoar em meu
coração o ardor missionário e a entrega de uma vida inteira doada ao Evangelho
e aos irmãos e irmãs.
Rezem por nós, vocacionados, para que o Senhor
nos conceda perseverança no chamado que nos fez e que o Bom Pastor continue a
suscitar vocações para a Sua Messe!
CLEYTON WELITON
FERNANDES
Seminarista Diocesano
Desde criança, os pequenos sinais vêm me
indicando que esse era o meu caminho. As experiências com a minha família e com
os meus amigos, a vida pastoral e paroquial, a vida espiritual, tudo isso me
ajudou no processo de discernimento.
Hoje sou seminarista diocesano, na etapa do
discipulado, cursando o terceiro ano de Filosofia e faço estágio na Paróquia
São Bento, em São Bento Abade- MG e,
acima de tudo, dizendo meu sim a Deus
todos os dias, almejando a vida sacerdotal por amor a Jesus e à Igreja!
ELISÂNGELA S. DOS REIS
Membro do Instituto das
Irmãs Franciscanas Missionárias do Coração Imaculado de Maria
Desde pequena, sempre gostei muito de Infância
Missionária, da Catequese, da Missa, ou seja, tudo que envolvia a Igreja. O
engraçado é que, apesar de gostar tanto das coisas de Deus, eu não pensava em
ser uma Religiosa Consagrada. Deus foi me preparando aos poucos, para o que haveria
de vir.
Na minha adolescência, comecei a pensar na
possibilidade, mas, ao mesmo tempo eu fugia, talvez por vergonha ou medo e sem
contar que não tinha nenhum conhecimento sobre a vida religiosa.
O tempo foi passando e eu sempre adiando o
chamado, porque achava que era algo momentâneo, que depois eu esqueceria. Nessa
mesma época, me afastei das atividades paroquiais e senti a minha vida de fé e
oração um pouco abalada. Ela só permaneceu viva porque as raízes estavam
fundamentadas no amor de Deus.
Quando jovem, fui chamada a entrar no
Ministério de Acólitos da Paróquia de Santa Catarina de Alexandria. No começo,
pensei em não aceitar justamente pelo fato de estar afastada. Por outro lado,
senti que aquele era um convite de Deus para que eu resgatasse os valores
cristãos que recebi da Igreja e do seio familiar.
Ao aceitar esse novo desafio, percebi que foi a
melhor coisa que poderia ter feito e que, foi através do tempo que estive no
Ministério de Acólitos, que criei coragem de discernir a vocação e dar o meu
sim à vida religiosa.
Hoje vejo a importância da educação cristã que
tive na minha família, juntamente com a ação de uma Igreja evangelizadora que se
ocupa e se preocupa com os seus evangelizandos.
Peço para rezarmos uns pelos outros, pois cada
um recebe de Deus uma vocação e cabe a nós rezar para que Ele nos mostre o
caminho.
Encerro com uma frase da nossa fundadora (Madre
Catarina Troiani) do Instituto: “Coragem,
Deus nos chama e Ele em tudo pensará!”
SANDRO ARAÚJO
Seminarista Diocesano
Meus irmãos e
minhas irmãs, todos nós cristãos, somos chamados a ser “sal da terra e luz no mundo” (Mt 5,13): como sal, temperar a nossa
vida e as dos outros e conservar o que há de bom; como luz, dissipar todo tipo
de escuridão que possa haver. Mas isso se faz de modos distintos, segundo a
vocação específica de cada um.
Em minha vida,
vejo o chamado a ser sal e luz como presbítero da Igreja. Esse chamado se faz a
mim desde bem pequeno, quando iniciei meu serviço como coroinha. Quanto mais eu
estava presente na comunidade, servindo e aprendendo, mais aumentava meu amor
por Jesus Cristo.
Despertava-se a
minha vontade de me consagrar ao Senhor, oferecendo mais de mim. Assim foi em
minha adolescência e juventude, tempo em que passei por várias pastorais e
ministérios na paróquia de minha cidade, Campos Gerais. Hoje, compreendo que,
realmente, só não ama Jesus Cristo e sua Igreja quem não os conhece.
Durante todo o
tempo em que servia na minha comunidade, dei passos importantes no
discernimento vocacional, com o auxílio de várias lideranças da paróquia, com
quem muito aprendi, muitos padres que por lá passaram e também amigos de escola
e de trabalho, pessoas que, nas atividades do cotidiano, me mostravam o que é
ser “sal da terra e luz do mundo”.
Iniciei o
acompanhamento vocacional na Diocese da Campanha em 2012, quando cursava o 2°
ano do Ensino Médio. O acompanhamento se estendeu a 2013, cada vez mais me
fazendo ter clareza da grande graça que é o sacerdócio, assim como o são as
outras vocações.
No dia
09/02/2014, minha família e eu fomos para Campanha: dia de dizer com mais
firmeza "Eis-me aqui, Senhor!".
Dia especial para mim e para outros 8 jovens que também entraram no seminário
comigo. De lá para cá, nos estudos de Filosofia e Teologia, na convivência
fraterna no seminário, nas paróquias por onde passei em missão pastoral e agora
aqui, em Natércia, sinto aumentar meu amor e minha disposição em servir o
Senhor enfrentando os desafios, que não deixam de aparecer no decorrer da
caminhada.
Muitos são os que rezam por mim e pelos outros
seminaristas, para que sejamos felizes e cumpramos bem a missão de Cristo que
assumimos como nossos: parentes, amigos, pessoas com quem já servi, comunidades
por onde passei. Sem sombra de dúvidas, essa é uma ajuda muito especial que
todos podem prestar a nós, que percorremos esse caminho.
Também eu, em minhas orações diárias, coloco
essas pessoas, suplicando para que o Senhor recompense cada uma, dando-lhes a
graça de serem esse sal e essa luz de que nos fala o Evangelho de Mateus. Além disso,
também peço ao Senhor pela perseverança e fidelidade dos sacerdotes e para
enviar mais operários para a Sua vinha, a fim de que jamais o Povo de Deus pereça
por falta de pastores, segundo o Coração de Cristo.
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