sábado, 25 de agosto de 2018

Depoimento dos Vocacionados

VOCAÇÕES RELIGIOSAS

No terceiro domingo do mês de agosto, celebramos as vocações religiosas. Portanto, nada melhor do que conhecermos a história do Chamado Divino feito aos vocacionados que saíram de (estão em) nossa comunidade paroquial:

ELISON HENRIQUE DOS REIS
Membro da Comunidade Católica Palavra Viva

Nasci na cidade de São José dos Campos-SP, no ano de 1998. Tive uma infância feliz, junto da família e dos amigos. Aos 10 anos, me mudei para Natércia-MG, onde morei por 7 anos. Nesta cidade, vivenciei muitas coisas em minha vida; coisas boas e ruins. Experimentei coisas que o mundo oferece como: bebidas, festas, sexualidade desregrada. Eu pensava que era feliz e que seria saciado pelo resto de minha vida.
Porém, sempre tinha um vazio dentro de mim, um sentimento de fracasso, não conseguia me saciar, algo faltava em minha vida e não sabia como preencher esse vazio. Buscava nas coisas mundanas.
Certa vez, por volta dos 15/16 anos, tive uma experiência profunda com o amor de Deus em um encontro da Renovação Carismática Católica, dentro da Diocese da Campanha. Lá fiz um propósito de mudar de vida, de ser uma pessoa melhor. Mas, infelizmente, não durou por muito tempo: tive problemas em minha família e voltei a buscar prazer no mundo novamente para compensar meus sofrimentos. E cada vez mais, o vazio, o sentimento de fracasso, apareciam em mim, como Jesus pregou na parábola do semeador: “Se a semente não cai em terra boa, não produz frutos e o demônio vem e nos tira dele” (Mt 13,3-9).
Após algum tempo, tive outra experiência com Deus: me senti amado por Ele como nunca antes, como nenhuma pessoa tinha me amado e Deus foi me revelando que o vazio dentro de mim era a falta Dele em minha vida. Comecei a sentir um chamado missionário e meu coração ardia em querer anunciá-lo para que outras pessoas também O experimentassem.
Mesmo assim, ainda não me sentia capacitado para isso, até que conheci a Comunidade Católica Palavra Viva, que possui uma Escola de Evangelização, cujo objetivo é formar jovens como Lideranças Cristãs Maduras. Dentro de um ano, fiz uma experiência missionária pelo Brasil. Me apaixonei pela Comunidade e pela Escola.
Comecei o processo seletivo para entrar, mas também comecei a namorar e isso me fez refletir muito em ter que ficar longe de minha família ou de abandonar meus projetos, de estudar para ser reconhecido. Até que resolvi firmemente em ir para a Escola; meu namoro terminou, deixei minha família, minhas vontades, meus bens, meus amigos, cumprindo o Evangelho, em que Deus chama seus apóstolos (Mt 10,1-10).
Na Escola, tive um processo de autoconhecimento, amadurecimento e conversão profunda e, cada vez mais, aumentava minha experiência com Deus. Comecei a ir à missa todos os dias, a rezar o rosário, a adorar Jesus Sacramentado e a buscar a reconciliação com Deus nas confissões. Isso tudo me cura até hoje. Portanto, tomei a decisão de doar minha vida inteira a Cristo; ao entrar para a Comunidade, comecei a descobrir a minha verdadeira felicidade, levando Cristo aos homens.
Hoje faço discernimento para o sacerdócio, que é a representação mais perfeita de Cristo na Terra, após a Eucaristia. O sacerdote é quem traz Cristo aos homens, consagrando o pão e vinho em Seu Corpo e Seu Sangue.
Não faço mais nada por mim mesmo, oferto minha vida a Deus, à Igreja e aos Homens. Como disse, deixei tudo para trás, não tenho mais nada, somente o Tudo, que é Deus. Vivo a Pobreza (não ganho nada, somente a providência divina, manifestada pelas doações de pessoas), a Castidade (somente eu e Deus) e a Obediência à Comunidade Palavra Viva e ao Papa. 
Agora, moro na Europa, fui enviado a uma missão na Espanha para estudar Filosofia, Teologia e evangelizar. Meu futuro só a Deus pertence e só quero que Ele cumpra sua vontade em mim, como cumpriu na vida da Virgem Maria.

THAMIRES AGUIAR
Membro do Instituto das Irmãs Franciscanas Missionárias do Coração Imaculado de Maria

Meu nome é Thamires, sou vocacionada à vida religiosa e, há cinco anos, faço discernimento vocacional.
Iniciei essa caminhada com as Irmãs Dominicanas. Há três anos estou nessa congregação, com a qual me identifiquei melhor no carisma.
Busco, através do acompanhamento,  discernir a voz Daquele que faz ecoar em meu coração o ardor missionário e a entrega de uma vida inteira doada ao Evangelho e aos irmãos e irmãs.
Rezem por nós, vocacionados, para que o Senhor nos conceda perseverança no chamado que nos fez e que o Bom Pastor continue a suscitar vocações para a Sua Messe!

CLEYTON WELITON FERNANDES
Seminarista Diocesano

     Na oração, ouvi o chamado de Deus! Esse chamado que Deus colocou em meu coração pude ir percebendo ao longo da vida e ainda me surpreendo, quando sinto que Ele me chamou para o Sacerdócio.
Desde criança, os pequenos sinais vêm me indicando que esse era o meu caminho. As experiências com a minha família e com os meus amigos, a vida pastoral e paroquial, a vida espiritual, tudo isso me ajudou no processo de discernimento.
Hoje sou seminarista diocesano, na etapa do discipulado, cursando o terceiro ano de Filosofia e faço estágio na Paróquia São Bento, em São Bento Abade- MG e, acima de tudo, dizendo meu sim a Deus  todos os dias, almejando a vida sacerdotal por amor a Jesus e à Igreja!


ELISÂNGELA S. DOS REIS
Membro do Instituto das Irmãs Franciscanas Missionárias do Coração Imaculado de Maria

Desde pequena, sempre gostei muito de Infância Missionária, da Catequese, da Missa, ou seja, tudo que envolvia a Igreja. O engraçado é que, apesar de gostar tanto das coisas de Deus, eu não pensava em ser uma Religiosa Consagrada. Deus foi me preparando aos poucos, para o que haveria de vir.
Na minha adolescência, comecei a pensar na possibilidade, mas, ao mesmo tempo eu fugia, talvez por vergonha ou medo e sem contar que não tinha nenhum conhecimento sobre a vida religiosa.
O tempo foi passando e eu sempre adiando o chamado, porque achava que era algo momentâneo, que depois eu esqueceria. Nessa mesma época, me afastei das atividades paroquiais e senti a minha vida de fé e oração um pouco abalada. Ela só permaneceu viva porque as raízes estavam fundamentadas no amor de Deus.
Quando jovem, fui chamada a entrar no Ministério de Acólitos da Paróquia de Santa Catarina de Alexandria. No começo, pensei em não aceitar justamente pelo fato de estar afastada. Por outro lado, senti que aquele era um convite de Deus para que eu resgatasse os valores cristãos que recebi da Igreja e do seio familiar.
Ao aceitar esse novo desafio, percebi que foi a melhor coisa que poderia ter feito e que, foi através do tempo que estive no Ministério de Acólitos, que criei coragem de discernir a vocação e dar o meu sim à vida religiosa.
Hoje vejo a importância da educação cristã que tive na minha família, juntamente com a ação de uma Igreja evangelizadora que se ocupa e se preocupa com os seus evangelizandos.
Peço para rezarmos uns pelos outros, pois cada um recebe de Deus uma vocação e cabe a nós rezar para que Ele nos mostre o caminho.
Encerro com uma frase da nossa fundadora (Madre Catarina Troiani) do Instituto: “Coragem, Deus nos chama e Ele em tudo pensará!”

SANDRO ARAÚJO
Seminarista Diocesano
     
Meus irmãos e minhas irmãs, todos nós cristãos, somos chamados a ser “sal da terra e luz no mundo” (Mt 5,13): como sal, temperar a nossa vida e as dos outros e conservar o que há de bom; como luz, dissipar todo tipo de escuridão que possa haver. Mas isso se faz de modos distintos, segundo a vocação específica de cada um.

Em minha vida, vejo o chamado a ser sal e luz como presbítero da Igreja. Esse chamado se faz a mim desde bem pequeno, quando iniciei meu serviço como coroinha. Quanto mais eu estava presente na comunidade, servindo e aprendendo, mais aumentava meu amor por Jesus Cristo.

Despertava-se a minha vontade de me consagrar ao Senhor, oferecendo mais de mim. Assim foi em minha adolescência e juventude, tempo em que passei por várias pastorais e ministérios na paróquia de minha cidade, Campos Gerais. Hoje, compreendo que, realmente, só não ama Jesus Cristo e sua Igreja quem não os conhece.
Durante todo o tempo em que servia na minha comunidade, dei passos importantes no discernimento vocacional, com o auxílio de várias lideranças da paróquia, com quem muito aprendi, muitos padres que por lá passaram e também amigos de escola e de trabalho, pessoas que, nas atividades do cotidiano, me mostravam o que é ser “sal da terra e luz do mundo”.
Iniciei o acompanhamento vocacional na Diocese da Campanha em 2012, quando cursava o 2° ano do Ensino Médio. O acompanhamento se estendeu a 2013, cada vez mais me fazendo ter clareza da grande graça que é o sacerdócio, assim como o são as outras vocações.
No dia 09/02/2014, minha família e eu fomos para Campanha: dia de dizer com mais firmeza "Eis-me aqui, Senhor!". Dia especial para mim e para outros 8 jovens que também entraram no seminário comigo. De lá para cá, nos estudos de Filosofia e Teologia, na convivência fraterna no seminário, nas paróquias por onde passei em missão pastoral e agora aqui, em Natércia, sinto aumentar meu amor e minha disposição em servir o Senhor enfrentando os desafios, que não deixam de aparecer no decorrer da caminhada.
Muitos são os que rezam por mim e pelos outros seminaristas, para que sejamos felizes e cumpramos bem a missão de Cristo que assumimos como nossos: parentes, amigos, pessoas com quem já servi, comunidades por onde passei. Sem sombra de dúvidas, essa é uma ajuda muito especial que todos podem prestar a nós, que percorremos esse caminho.
Também eu, em minhas orações diárias, coloco essas pessoas, suplicando para que o Senhor recompense cada uma, dando-lhes a graça de serem esse sal e essa luz de que nos fala o Evangelho de Mateus. Além disso, também peço ao Senhor pela perseverança e fidelidade dos sacerdotes e para enviar mais operários para a Sua vinha, a fim de que jamais o Povo de Deus pereça por falta de pastores, segundo o Coração de Cristo.


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