95 Anos

PARABÉNS NATÉRCIA!!!

Atrás da Serra, seja bem-vindo e bem-vinda!

Quando a aurora desponta atrás das montanhas, revelando a grande Serra de Santa Catarina, as silhuetas das casas e a majestosa Matriz, “entronizada no alto da colina”, um  sorriso desponta no rosto deste povo: é um novo dia!

O cheiro do café da manhã e o som dos animais, revelam a simplicidade de uma gente trabalhadora, que não desperta ao som de buzinas e de grandes empresas, mas acorda junto com a criação de Deus.

Por aqui não existe muito ritualismo entre as pessoas, elas se dão umas às outras espontaneamente, com sorrisos e abraços. Elas se visitam e partilham o pouco que tem - e sempre tem um cafezinho e um bolo guardado!

Às 18 horas, os corações se voltam para o céu com a “Ave Maria” e agradecem a Deus pelo dia que está terminando.

Somos um povo muito simples e feliz, diria “bão dimais!”, que sob a proteção de Santa Catarina de Alexandria, vive na tranquilidade do nosso pedacinho de chão.

Os que aqui chegam, levam um pouquinho dessa simplicidade e um pouquinho de bolacha de rapadura também (nossa marca registrada).

Celebrar o aniversário de Natércia é celebrar a vida de grandes pessoas, pois esse não é só um acontecimento político, mas a história de um povo de garra e de fé, que levanta cedo e faz a vida acontecer!

Parabéns a todos nós!

CLEYTON FERNANDES

Depoimento Romaria 2018

81ª ROMARIA A APARECIDA

Olá! Meu nome é Maiara, tenho 20 anos e moro na cidade de Natércia. Hoje, venho compartilhar com os leitores deste blog como foi a minha primeira peregrinação, a pé, à Casa da Mãe Aparecida, nesta 81ª Romaria de nossa paróquia.

Já fazia algum tempo que eu estava tentando realizar esta viagem e por vários motivos não havia conseguido. No começo deste ano de 2018, após Nossa Senhora ter me atendido num pedido de graça, decidi que desta vez seria a oportunidade e que iria a pé até a sua Casa para agradecer. Me juntei a um grupo de amigos e eles me ajudaram a preparar o que era necessário para a tão aguardada viagem.

O dia chegou e, ao sair de casa, senti um grande frio na barriga, aquela incerteza se eu iria conseguir ou não chegar ao destino. Rezamos antes de sair da praça central de Natércia e, neste instante, tive a certeza de que Nossa Senhora Aparecida iria me ajudar.

Foram quatro dias de caminhada e, a cada dia, tudo parecia mais difícil. Minha fé foi testada por vários quilômetros serra acima, no terceiro dia. O frio era intenso. Depois, havia uma descida muito dura e uma baixada, que iriam durar horas até chegar na cidade de Piquete, onde seria nossa parada para descanso. Consegui chegar até Piquete, porém, cansada, com bolhas nos pés, dor nas pernas e muita saudade de casa. Nesta parada, tomamos banho e dormimos. Ao acordar, já havia melhorado um pouco, fiz os curativos e continuamos a caminhada.

No quarto dia, chegando em Guaratinguetá, avistei a Casa da Mãe Aparecida e, nessa hora, tudo acabou: as dores no joelho, nas bolhas dos pés, a alergia da vegetação da serra, o estresse, o medo de não conseguir e a quentura das ataduras em minha perna. Mas o choro, esse eu tive que segurar mais um pouco.

Quando chegamos na entrada da cidade de Aparecida, fui convidada por um amigo a levar a pequena imagem de Nossa Senhora, que nos acompanhou desde o primeiro dia. Eu aceitei, peguei ela em meus braços e seguimos, em procissão, até o Santuário Nacional.

Chegando ao portão do Santuário, não acreditei que tinha vencido tudo aquilo. Seguimos até aos pés da imagem original de Nossa Senhora Aparecida e, nesta hora, as lágrimas já desciam. Agradeci muito a ela, pois foi a melhor viagem a Aparecida que fiz até hoje! Prometi que, enquanto Deus permitir e Nossa Senhora me ajudar, irei junto com meus amigos e companheiros todos os anos!

Só tenho a agradecer a todos que me ajudaram ao longo da caminhada e a Nossa Senhora Aparecida que me conduziu. Torço para que, no ano que vem, essa peregrinação seja melhor ainda e que possamos contar com mais pessoas, bem como as que não puderam estar conosco.

Um abraço!

 MAIARA MARTINS